IV DOM. QUARESMA - ANO C

Dois filhos. Um pai. Uma história, que é, muitas vezes, a nossa história, porque também nós pródigos de mil coisas. É bom descobrir a misericórdia de Deus, Pai de bondade. No nosso itinerário de vida “voltar à casa do Pai” é certeza de “festa”, de “reencontro”, de autenticidade. A alegria do reencontro é tão grande, que quase vale a pena perder-se para a ter! E não há alegria maior do que reencontrar um filho, que estando perdido, foi reencontrado. No itinerário desta Quaresma, devemos parar um pouco e ver por onde andamos. A que distância nos encontramos da casa do Pai. E voltar (o mais depressa possível que possamos!) a estar com Ele, a viver sob a sua protecção, já que pródigos do seu amor, da sua presença, da sua bondade e misericórdia. Este é um tempo favorável para o regresso!

LEITURA DO Evangelho segundo S. Lucas 15, 1-3. 11-32

Oração
Obrigado, Jesus, porque me dás a conhecer um Deus que tem o rosto de Pai. Um Deus que vem ao meu encontro, impulsionado pelo seu amor que nunca desfalece. Um Deus que cuida de mim, para que eu compreenda que a liberdade e a vida não florescem longe de ti e do teu amor. Ajuda-me a viver como um filho que se sabe possuidor de uma grande herança: o teu amor. Obrigado, Senhor, pelo teu imenso amor! Amor que eu não mereço, mas que me traz tanta paz!

Senhor, propuseste à multidão que te seguia uma
revisão da lei de Moisés que estivesse mais de acordo
com a Boa nova que anunciavas. Dá-me hoje o dom
de te ouvir sobre o sentido que pode ter, no concreto
da minha vida, a proposta da abstinência.
Abster-me e privar-me de quê? De palavras?
De alimentos? De modos de agir? Abster-me, porquê?
Permite, Senhor, que no acto de me privar eu Te
procure sem medo, eu reconheça onde está o essencial
que me sacia, eu queira responder aos apelos dos irmãos,
homens e mulheres, que neste mundo que é o nosso,
esperam sinais de efectiva fraternidade.

Amém.

Quaresma
Pai nosso, que estais no Céu,
durante esta época de arrependimento,
tende misericórdia de nós.
Com nossa oração, nosso jejum e nossas boas obras,
transformai nosso egoísmo em generosidade.
Abri nossos corações à vossa Palavra,
curai nossas feridas do pecado,
ajudai-nos a fazer o bem neste mundo.
Que transformemos a escuridão
e a dor em vida e alegria.
Concedei-nos estas coisas por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.

Entrámos em tempo de Quaresma.
Cada um de nós, em comunidade, é chamado a rever a vida.
A festa vem aí. Vai ser Páscoa, a festa maior dos cristãos.
É o tempo propício para o acolhimento do teu Espírito, Senhor.
O que nos pedes é que, na liberdade e na alegria, estejamos abertos a uma vida invadida pela energia nova.
O que nos pedes, Senhor, é espaço e tempo para recolher o que dentro de nós anda disperso.
O que nos pedes, é atenção e disponibilidade; um silêncio procurado;
o exercício da austeridade como procura do essencial.
Ajuda-nos, Senhor, a acolher este tempo como luminosa oportunidade.

Amém!